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Games auxiliam na educação fiscal de crianças e jovens

O primeiro dia do “Encontro de Inovação Digital: Caminhos para a Educação Fiscal” contou com a apresentação de palestras que abordaram a criação de games educativos no cenário fiscal.  A live transmitida pelo canal da Escola Fazendária do Paraná (Efaz) no Youtube, contou com um público de mais de mil pessoas – entre inscritos habilitados a receber o certificado de participação e público em geral.

Um dos cases apresentados foi desenvolvido pela Controladoria-Geral do Estado do Mato Grosso do Sul. Na palestra “Cidadão Quiz – Game educativo sobre cidadania e Educação Fiscal”, Leandro Silveira, assessor de Tecnologia da Informação do órgão, explicou que o projeto do game foi desenvolvido através da percepção do e que a sociedade em geral pouco – ou quase nada – conhece sobre os princípios de cidadania e educação fiscal. “A criação do game teve o objetivo de disseminar conceitos teóricos relacionados com a cidadania e educação fiscal e divulgar dados reais relacionados com esses conceitos disponíveis no Portal da Transparência”, comenta.

O Portal da Transparência do estado é uma ferramenta que garante ao cidadão acesso a qualquer documento e informação mantida pelo Poder Executivo Estadual.  Com isso, o jogo foi pensando para as novas gerações, despertando o interesse em uma faixa etária mais jovem, para que se tornem cidadãos mais atuantes e participativos.

ENGAJAMENTO - Márcio Luiz Carlos de Morais, auditor fiscal de Tecnologia da Informação da Receita Estadual do Ceará, desenvolveu seu projeto de mestrado baseado na aplicação da técnica de gamificação com jovens de 14 a 18 anos de uma escola técnica profissionalizante, para aumentar o engajamento dos jovens com temas fiscais. O game “Cidadão Infiltrado” foi criado com narrativas que possibilitaram uma maior aprendizagem do cenário fiscal e utiliza de mecânicas como feedback, desafios, cooperação, competição e vitória.  “Por meio do jogo os alunos tinham que realizar desafios e missões como: fotografar placas de obras públicas, entrevistar moradores da comunidade sobre o que eles entendem de impostos e quais eles pagam, entre outros”, explicou.

CIDADANIA - Na palestra “Games e Educação Fiscal: Educando para a cidadania”, a diretora escolar Liliana Pincolini, mestranda em Ensino de Humanidades e Linguagens, apresentou o relato de uma prática de gamificação realizada em duas escolas municipais de Santa Maria (RS).  O “Game ODS” foi utilizado em grupo do 1º ao 5º ano e o “Game da Educação Fiscal” nos grupos de turmas do 6º ao 9º ano. Por meio do Google Formulários, foi desenvolvido um questionário com perguntas e respostas sobre os principais impostos e sobre a agenda 2030.

Como a maior parte dos alunos ainda têm internet com pouca capacidade de dados e outra parte sequer possui acesso à rede, explicou, com o uso dos formulários foi possível imprimir o game para aqueles que não poderiam acessá-lo de forma online.

“A gamificação é uma ferramenta educativa que auxilia no processo de educação e possibilita a motivação dos estudantes durantes as aulas remotas e os que não possuem acesso à internet”, disse. Segundo Liliana, os resultados da aplicação do game foram positivos: os questionários possibilitaram verificar que 60% dos estudantes demonstraram bom conhecimento dentro da temática da educação fiscal.  

PROTAGONISMO - Já a professora e pesquisadora do Instituto de Humanidades, Artes e Ciência da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Lynn Rosalina Gama, apresentou um processo de aprendizagem baseado em jogos e mostrou como a tecnologia pode ser uma aliada em processos educativos.

Em sua palestra “Game e Educação: Caminhos e Perspectivas”, Gama falou sobre o projeto “Comunidades Virtuais”, reconhecido em 2013 como o grupo universitário que mais produziu jogos no Brasil. A professora apresentou jogos que desenvolvidos em parceria com o grupo com o objetivo de auxiliar crianças na aprendizagem de temas como matemática, história, questões da adolescência e problemas cotidianos como a preservação da natureza. São jogos pensados em produzidos visando discutir um determinado tema ou conteúdo ligado a matriz escolar. “O game possibilita que os alunos, ao interagirem com aquela tecnologia, possam se tornar protagonistas da narrativa na qual estão vivenciando”, explica. Além de possibilitar o surgimento de pesquisadores e fortalecer a área de jogos, a criação de games educativos pode trazer já na infância, de forma lúdica, aprendizados sobre temas importantes para o convívio em sociedade. 

PERSPECTIVAS - Encerrando o ciclo de palestras da manhã desta quinta-feira, o diretor da Escola Fazendária do Paraná (Efaz), Mario Brito, apresentou perspectivas da educação fiscal no estado. O diretor exibiu uma relação de programas e iniciativas que desde 1999, estão promovendo e divulgando a educação fiscal.

O alinhamento do Programa Estadual de Educação Fiscal do Paraná (PEF/PR) e do Programa Nacional de Educação Fiscal (PNEF) permitiu disseminar e conscientizar sobre temas como a função social do tributo e a importância do controle social na efetivação da qualidade do gasto público, combatendo a sonegação fiscal. Futuramente os desafios a serem superados são: diversificar o público –alvo, estratégias e mídias, ampliando o alcance da educação fiscal e alcançando cada vez mais cidadãos no estado.

Confira o vídeo completo das apresentações aqui.

Fonte: Secretaria da Fazenda

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