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Pública completa cinco anos de luta pelo servidor público

Central surgiu devido ao momento de ataques ao funcionalismo e da dificuldade de representação por outras entidades

Em comemoração aos cinco anos de sua fundação, a Pública Central do Servidor promoveu nesta semana uma live com as entidades filiadas e representantes políticos, debatendo a importância da Central na defesa dos interesses dos servidores públicos. Durante o evento, que ocorreu de forma virtual, os participantes conversaram sobre a criação da Pública, a importância do trabalho do funcionalismo para o país e a luta contra as tentativas de retirada de direitos.

Os convidados conversaram ainda sobre o momento atual, em que o mundo enfrenta a pandemia do coronavírus. Dentro desse assunto, eles lembraram que são os servidores públicos que estão na linha de frente do combate à doença, garantindo o atendimento à população. Outro ponto discutido foi que uma parcela da sociedade acredita que o funcionalismo é ineficiente quando na verdade os números de produção de diversos órgãos cresceram neste período. A transmissão completa do evento está disponível no Facebook da Pública.

Pública 5 anos

A Pública Central do Servidor foi fundada no dia 10 de agosto de 2015, em um momento de profunda transformação social no Brasil. Devido às especificidades dos servidores públicos frente aos trabalhadores da iniciativa privada, eles não se sentiam representados pelas entidades tradicionais, precisando de um órgão específico para defender seus interesses e direitos. “O trabalhador da iniciativa privada tem um relacionamento com a empresa totalmente diferente de quem tem um relacionamento com o próprio Estado”, afirma o presidente nacional da Pública, José Gozze. “Nós não trabalhamos por lucro, mas sim para servir à cidadania”, lembra.

O servidor público é um dos principais motores de políticas sociais em nosso país. Enquanto que no setor privado o chefe é permanente e os trabalhadores podem ser substituídos, na esfera pública ocorre o contrário: os funcionários são permanentes, já os governantes possuem mandatos estabelecidos. Essa estabilidade, que é atacada frequentemente, é a garantia de um serviço público comprometido com a sociedade. “Serviço público não existe sem o servidor”, lembra Gozze.

Hoje a Central está presente em 20 estados e representa servidores das esferas municipais, estaduais e Federal de todos os poderes. Nestes cinco anos, a Pública tem lutado para ampliar a representatividade dos servidores na política. “Nós somos suprapartidários e não aceitamos nenhum partido dentro da Pública. Pelo contrário, trabalhamos com todos e claro, apoiamos servidores que se candidatam para formar um bloco de servidores públicos”, conta o presidente da entidade. Em 2018 a Pública lançou a campanha “Voto Consciente”, buscando ajudar os candidatos comprometidos com o funcionalismo a se elegerem, debatendo propostas para fortalecer as diversas carreiras de Estado. O mesmo deve ocorrer em 2020 com as eleições municipais.

A Pública tem atuado junto ao Congresso Nacional, Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores para garantir a manutenção dos direitos dos servidores e também melhorias para a sociedade. “Nós somos progressistas e nos consideramos uma entidade permanente em defesa da sociedade. Essa é a nossa razão de existência”, fala Gozze sobre a missão da entidade. Como a Pública é uma central exclusiva para servidores, muitas carreiras são representadas por ela, como Auditores Fiscais, policiais e técnicos legislativos, o que contribui para o debate e formação de propostas para melhorar a vida da população.

Sindafep e Pública

A parceria entre o Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita do Estado do Paraná (Sindafep) e a Pública vem desde o início da criação da Central. “Nós temos um trabalho muito legal sendo feito pelas entidades no Paraná. Temos o Wanderci Polaquini, que é presidente da Pública estadual, e o nosso vice-presidente, João Marcos de Souza, é do Sindafep”, lembra. O primeiro congresso da entidade, que estava programado para este ano, seria realizado em nosso Estado, mas por conta da pandemia teve que ser cancelado.

Para o presidente do Sindafep, Osmar de Araújo Gomes, a união entre as duas entidades é fundamental para a luta em defesa do serviço público. “A criação Pública foi uma grande vitória dos servidores, pois nós temos muitas diferenças com os trabalhadores do setor privado. Com a Central a nossa representação é mais efetiva”, afirma Osmar.

Desafios

De acordo com o presidente da Pública, um dos grandes problemas a ser enfrentado é a desigualdade social. “O nosso maior desafio foi, está sendo e será modificar o sistema financeiro brasileiro. Nós não aceitamos que alguns vivam em palacetes, sem produzir nada, e o trabalhador, aquele que produz, não receba de volta do Estado”, diz Gozze ao defender uma melhor distribuição de renda.

Um dos caminhos para isso é a realização de uma verdadeira Reforma Tributária, que não apenas simplifique o modelo, mas também ataque seu fator regressivo, que penaliza a população mais pobre em nosso país. “Nós não podemos ter uma Reforma Tributária que seja igual ao que existe, onde quem ganha menos paga mais, e quem ganha mais paga menos. Por isso nós somos a favor do Imposto sobre Grandes Fortunas e do Imposto sobre Lucros e Dividendos”, defende o presidente da Pública.

Frente aos frequentes ataques que os servidores têm enfrentado, é cada vez mais importante e necessária a união das entidades para garantia dos direitos, muitos deles conquistados após anos de luta. O Sindafep parabeniza a Pública pelo seu quinto aniversário e reforça o compromisso de atuar na defesa de seus filiados e de toda a sociedade.

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