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“Prioridade é ter o Estado em dia com suas obrigações”, afirma Ratinho Júnior em entrevista

Governador do Paraná falou sobre a necessidade do isolamento social e a suspensão do reajuste ao funcionalismo em 2021

O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Júnior (PSD), encaminhou à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) uma emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias para suspender o reajuste ao funcionalismo do Estado na quarta-feira, 8 de julho. Em entrevista para a RPC, Ratinho disse que a medida é necessária para atender uma lei federal, que obriga, entre outras coisas, as unidades federativas a não promoverem reajuste de salário aos servidores como requisito para receber o auxílio emergencial da União.

De acordo com o governador, o dinheiro que será recebido do auxílio da União — R$ 1,9 bilhão — não será suficiente para recompor as perdas do Paraná durante a pandemia do coronavírus. “A previsão da Fazenda até dezembro é de quase R$ 3,2 bilhões [de déficit]. Por isso estamos fazendo corte de custos, segurando a máquina”, afirmou Ratinho sobre a suspensão do reajuste aos servidores. “Se estivéssemos numa normalidade, a lei seria honrada. A prioridade é ter o Estado em dia com suas obrigações”, conclui sobre o tema.

Na entrevista, Ratinho também falou sobre o decreto nº 4942/2020 e as medidas para conter a escalada do coronavírus no Estado. “Esse é o grande remédio [o isolamento social]. Enquanto não tiver uma vacina, não tiver um remédio que comprovadamente resolva o problema do vírus, nós vamos ter que conviver com esse isolamento social”, disse. Antes do decreto, a média de isolamento no Paraná estava entre 37 e 38%. O ideal para controlar o ritmo da doença é entre 52 e 55%. “Nas regiões em que foi feito o decreto da quarentena regional, chegou a se ampliar sete, oito pontos, mas ainda não está dentro da expectativa”, ressalta o governador. Por isso é importante o apoio da população, de ficar em casa e respeitar as medidas de distanciamento social.

Outro ponto que ajuda no controle da pandemia é a testagem. Segundo Ratinho, o Paraná é o estado que mais testa no Brasil, com cerca de 3.500 testes realizados diariamente. Cerca de 130 mil testes RT-PCR, que identifica a presença do vírus no organismo e é considerado padrão ouro pela Organização Mundial da Saúde, já foram realizados, e outros 300 mil testes sorológicos estão à disposição dos municípios.

Com a chegada do inverno, já havia previsão de que o período seria de maior risco nos estados do Sul, o que em um primeiro momento ajudou a postergar medidas mais restritivas e manter a curva — como é denominada a crescente de casos — sob controle. “Nós estamos conseguindo equilibrar a economia com a saúde, preservando vidas”, afirma o governador. Até a instituição do decreto nº 4942/2020, nenhuma medida mais severa havia sido tomada pelo governo estadual, mas sim recomendações para as prefeituras. Com a escalada de casos nas últimas semanas, foi preciso avaliar o cenário para garantir o mínimo de impacto possível da doença nos paranaenses.

O coronavírus chegou ao Paraná em um período já sensível para a população. A epidemia de dengue com um novo sorotipo da doença, que de julho de 2019 a junho de 2020, chegou a mais de 200 mil casos e cerca de 150 mortes; a maior crise hídrica em cem anos em todo o Estado, principalmente em Curitiba e Região Metropolitana; o ciclone extratropical, que derrubou cinco mil postes, deixando 1,2 milhão de pessoas sem luz; e a maior queda econômica do Brasil foram alguns dos desafios que o Paraná tem enfrentado neste período.

O Sindafep, desde o início da pandemia no Brasil, suspendeu as atividades em todas as sedes e ofereceu suas instalações em Guaratuba para a utilização pela Secretaria Estadual de Saúde no combate à pandemia, caso necessário. Com o avanço da doença, os eventos associativos foram cancelados, seguindo as recomendações dos órgãos sanitários e garantindo a segurança de seus funcionários, filiados e familiares. Também tem discutido caminhos para sairmos da crise e apontado a importância dos Auditores Fiscais da Receita do Estado do Paraná, em que o trabalho desenvolvido por eles reflete em melhorias para a população.

Neste momento precisamos redobrar os cuidados, seguindo as determinações do poder público, já que não há remédio de eficácia comprovada e a vacina para Covid-19 ainda está em desenvolvimento. “A crise não é só econômica, mas também de saúde e, acima de tudo, de cobrança da consciência coletiva”, conclui Ratinho. Somente com o distanciamento social, o uso de máscara e a cooperação de todos é que conseguiremos vencer o vírus.

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