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População do Paraná deve ‘ganhar’ 69 mil idosos neste ano

A população paranaense está envelhecendo e de forma acelerada e sustentada. Segundo projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas em 2020 o número de cidadãos com mais de 60 anos vivendo no Paraná irá crescer 4,05%. Pode parecer pouco, mas na prática isso significa que o estado irá ‘ganhar’ um contingente de 69.334 idosos, sendo essa a faixa etária que mais cresce no estado. 

Com isso, o número de pessoas que já chegaram na terceira idade atinge a marca de 1.781.813 pessoas, o equivalente a 15,47% da população do estado. Em 2010, haviam 1.185.747 idosos no Paraná, o que àquela altura correspondia a 11,14% do contingente populacional. E a projeção do IBGE é que esse crescimento da população idosa persista, pelo menos, até 2060, quando um em cada três paranaenses será idoso.

Por conta disso tudo, o governo do Paraná, desde o ano passado, tem investido fortemente na implementação de políticas públicas voltadas para a terceira idade, se antecipando às mudanças do perfil demográfico. A principal dessas iniciativas é o programa Viver Mais Paraná, que envolve a construção de condomínios horizontais fechados com 40 moradias cada. Todos os empreendimentos contam com uma completa infraestrutura de saúde, assistência social e lazer aos moradores, além de prever atendimentos periódicos, em parceria com as prefeituras.

Neste primeiro momento, são 15 condomínios em construção no estado, nos nos municípios de Cascavel, Cornélio Procópio, Fazenda Rio Grande, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Irati, Jaguariaíva, Londrina, Maringá, Palmas, Pato Branco, Piraquara, Ponta Grossa, Prudentópolis e Telêmaco Borba. Todas essas cidades possuem mais de 70 mil habitantes, mas a ideia do ngoverno é ampliar a iniciativa para municípios com até 30 mil habitantes, espalhando a ação por todas as regiões do Paraná, em áreas doadas pelas prefeituras ou adquiridas pela própria companhia.

“Investimos em pessoas que estavam invisíveis. O condomínio do idoso é fruto disso. Muitos idosos morrem de depressão pela falta de convívio e eles não conseguem empréstimo em lugar nenhum. É um projeto pioneiro no País, um programa que impressionou o governo federal”, afirma o governador Ratinho Junior.

Participarão da seleção de moradores idosos com renda de um a seis salários mínimos, e que não sejam proprietários de outros imóveis. Os escolhidos poderão residir nas casas por tempo indeterminado, sozinhos ou em casais, com o pagamento de uma contrapartida mensal de 15% de um salário-mínimo, que equivale a R$ 150, aproximadamente.

Vida ativa e troca intergeracional motivam programas

Além da moradia digna, um direito social garantido pela Constituição de 1988, o governo do Paraná também trabalhar para garantir, em sentido amplo, melhor qualidade de vida para os idosos que vivem no estado.

Uma das iniciativas nesse sentido é o Programa Vida Ativa, que está em fase de planejamento e busca incentivar os municípios a ofertarem espaços onde idosos possam ter acesso facilitado a serviços diversos e também prevê a criação de um protocolo de ações preventivas, com a capacitação de profissionais de saúde, para evitar quedas de idosos e complicações decorrentes destes acidentes, além de ações culturais e de combate ao analfabetismo.

Outra novidade é que a Secretaria da Justiça, Família e Trabalho revisou recentemente o projeto Territórios da Juventude. Com isso, os espaços antes previstos apenas para jovens estão sendo reformulados, com implantação de espaços de convivência intergeracional e programas comuns. Para Ângela Mendonça, diretora da Sejuf, a geratividade é a maior forma de cooperação que uma geração pode dar à outra. “O desafio da humanidade é o desafio da convivência”, explicou a diretora.

Ações para um envelhecimento saudável

Idade avançada não é sinônimo de ausência de saúde. Por isso, o Paraná também tem adotado políticas intersetoriais visando um envelhecimento saudável, o que significa a manutenção da capacidade funcional que permite o bem-estar em idade avançada, num processo que abrange todo o curso da vida.

Para isso, a Secretaria de Estado da Saúde trabalha para implementar em todo o estado o PlanificaSus, que capacita profissionais da atenção primária de forma articulada com os da atenção especializada, com atendimento humanizado e interdisciplinar. No ano passado, a região de Iraty já havia recebido o projeto-piloto, que agora deve ser expandido para outros municípios com o objetivo de tratar o tema envelhecimento de forma compartilhada com outras políticas de saúde.

“O nosso objetivo é fazer com que o Estado seja a vitrine brasileira em termos de envelhecimento ativo, de envelhecimento com dignidade”, diz Edgar Nunes de Moraes, consultor técnico do Conass. “Como nossa população está nesse crescente envelhecimento e há a redução de nascimentos, queremos preparar o Estado para ter as condições ideais para aqueles que precisarem de suporte público para a qualidade de vida”, complementa o secretário de Saúde Beto Preto.

Fonte: Bem Paraná

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